Violência policial nas favelas durante a pandemia
24/06/2020
Editor

A covid-19 já matou mais de 50 mil brasileiros durante a pandemia. Oficialmente já foram registrados um milhão de casos de contágio. Segundo dados do Consórcio de Veículos de Imprensa, no Rio de Janeiro, o número de mortes chegou a nove mil pessoas. 430 eram moradores de favelas, de acordo com o levantamento do aplicativo do jornal comunitário do Complexo do Alemão, Voz das Comunidades. Pessoas que vivem onde não há condições básicas de saneamento e muitas vezes é difícil fazer o isolamento social proposto pela organização mundial da saúde para evitar o contágio. Além disso, esse isolamento não é respeitado por parte da população. No início de junho, o ministro do STF, Edson Fachin proibiu operações policiais em favelas durante a pandemia, a não ser em casos excepcionais. Apesar disso, elas continuam a ser realizadas e contribuem para aumentar o índice de mortes. Até maio, cinco jovens foram assassinados em operações policiais em favelas do Rio. Luiz Antônio de Souza Ferreira da Silva e João Pedro Mattos Pinto, ambos de 14 anos, Thiago Santiago da Silva e Estevão Freitas de Souza, os dois aos 17, e João Vitor Gomes da Rocha, de 18 anos. Para falar sobre essa situação nas favelas do Rio entrevistamos a engenheira, articuladora social, Magda Gomes, fundadora do coletivo Rocinha Resiste e também integrante da escola Mulheres Negras Decidem e a jornalista e mestre em educação, cultura, comunicação e periferias urbanas e integrante do fórum de juventudes do Rio de Janeiro, apoiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, Gizele Martins, da Frente de Mobilização da Maré e do Movimento Favelas na Luta.