exibido em: 13/09/2010
De acordo com o IBGE, cerca de 9% das crianças nascidas em 2008 não foram registradas. No ano seguinte, o governo brasileiro se comprometeu a zerar o número de sub-registros. Eles ocorrem quando uma criança nasce e não tem a certidão de nascimento feita no mesmo ano ou em até três meses do ano seguinte. A distância entre os cartórios e as casas, problema comum em regiões do Norte de Nordeste do Brasil, ajuda a explicar a ocorrência dos sub-registros. Outro motivo é o desconhecimento da gratuidade do documento. Além disso, muitas crianças são registradas tardiamente pela vergonha da mãe em assumir a omissão do pai. De cada quatro certidões de nascimento registradas no país, uma não tem o nome do pai. O percentual foi estimado pela Universidade de Brasília, UnB, que cruzou dados de cento e oitenta e três mil certidões de cartórios da cidade e os comparou com números do IBGE sobre filhos fora do casamento. O programa Paternidade ausente, histórias incompletas fala sobre o reconhecimento paterno, a investigação de paternidade e a relação entre pais e filhos.